A Vigilância Epidemiológica de Marília registrou um crescimento expressivo nos casos de acidentes com escorpiões entre janeiro e abril de 2025. Foram contabilizados 91 casos no período, um aumento de 59,65% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 57 registros.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 87% das ocorrências são consideradas leves e não exigem a aplicação de soro antiescorpiônico. No entanto, o acompanhamento médico é fundamental, especialmente em crianças e idosos, que estão mais suscetíveis a complicações.
Entre os sintomas após a picada estão dor imediata, vermelhidão, formigamento e suor local. Nos casos mais graves, podem surgir náuseas, vômitos, agitação, salivação excessiva, tremores e elevação da pressão arterial.
A maior parte dos acidentes ocorre dentro das residências, e medidas simples de prevenção podem evitar a presença desses animais, como manter a casa limpa, sem entulhos ou restos de materiais de construção, vedar ralos, frestas e vãos em portas e janelas, além de evitar o acúmulo de lixo.
De acordo com o médico infectologista Amin Ibn Chahrur, o aumento de ocorrências está ligado ao crescimento desordenado das áreas urbanas. "Identificamos que esse aumento tem relação com a expansão urbana, ou seja, construção de casas em áreas que anteriormente eram ocupadas por animais silvestres, além do acúmulo de lixo e entulho", explica.
O médico também reforça a importância do atendimento imediato em caso de picada. "A recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar o pronto-socorro mais próximo o quanto antes para receber os cuidados adequados."
A população deve ficar atenta e, ao encontrar escorpiões, acionar os órgãos responsáveis para o manejo seguro do animal.
