Duas idosas, de 73 e 75 anos, foram vítimas do conhecido "Golpe do Bilhete Premiado" em Marília, em ações ocorridas entre quarta-feira (21) e quinta-feira (22). Somados, os prejuízos ultraam R$ 260 mil em dinheiro, além de diversas joias.
A primeira ocorrência foi registrada na manhã de quarta-feira (21), no bairro Jardim Maria Izabel, zona Leste da cidade. A vítima caminhava pela rua quando foi abordada por uma jovem pedindo informações sobre uma loja. A mulher afirmou que havia ganhado uma rifa e queria receber o prêmio, quando um homem se aproximou e alegou que se tratava, na verdade, de um bilhete de loteria premiado.
Simulando uma ligação para a Caixa Econômica Federal, o homem informou que o suposto prêmio era de R$ 5 milhões. A jovem então alegou que não poderia receber o valor por motivos religiosos e sugeriu vender o bilhete. O homem propôs que ele e a vítima comprassem o bilhete por R$ 300 mil cada. A idosa foi levada até uma agência do Banco Bradesco e transferiu R$ 260 mil para uma conta indicada pelos estelionatários.
Após entregar um estojo trancado com um suposto bilhete premiado, os golpistas marcaram um encontro para o dia seguinte, mas não apareceram e deixaram de atender as ligações da vítima.
Já na quinta-feira (22), uma outra idosa aguardava em um ponto de ônibus no bairro Parque da Indústria, também na zona Leste, quando foi abordada por uma mulher que relatou ter um bilhete premiado entregue por seu pai. Um homem novamente se aproximou e, repetindo o golpe, simulou uma ligação à Caixa, informando uma premiação de R$ 3 milhões.
A falsa ganhadora, com receio de ser enganada, exigiu garantias da vítima e do homem. Ele saiu do local e retornou com pacotes de dinheiro falsos. Convencida, a idosa levou os dois até sua residência em um condomínio e entregou diversas joias como garantia.
No trajeto até o banco, a criminosa usou as joias com a desculpa de "estar bonita para receber o prêmio". Em seguida, simulou um mal-estar e pediu ao motorista que parasse o carro. Quando a idosa desceu, ambos fugiram levando os pertences.
Em ambos os casos, as vítimas relataram as características físicas dos suspeitos, mas até o momento ninguém foi preso. A Polícia Civil de Marília investiga os casos, registrados como estelionato.
